Tumores de Ovário
O ovário é o órgão do sistema reprodutor das mulheres responsável pela produção dos óvulos e dos hormônios sexuais femininos, como o estrógeno e a progesterona. Os tumores de ovário são um crescimento de células anormais nos tecidos ovarianos, tendo uma ocorrência mais comum em mulheres acima dos 50 anos, coincidindo com a fase em da menopausa.
O diagnóstico precoce dos tumores de ovário apresenta certa dificuldade devido ao fato de os sintomas iniciais da doença surgirem somente nas fases mais avançadas do tumor. Entre os principais sintomas, pode-se destacar dor abdominal e em pelve, aumento de volume do abdômen, distúrbios urinários, dor durante a relação sexual e alterações do ritmo menstrual. Alguns fatores de risco podem estar associados ao desenvolvimento do tumor de ovário, como histórico familiar, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal, tabagismo e síndrome de ovários policísticos.
O tratamento para o câncer de ovário depende do tipo de tumor, do estágio da doença, além das características particulares de cada paciente. Normalmente a cirurgia é o principal tipo de tratamento, removendo o ovário e tubas uterinas, seja uni ou bilateralmente. Em alguns casos também é necessário realizar uma histerectomia total ou parcial, a fim de remover o útero que pode estar comprometido.
Tumores de Endométrio
O endométrio é o tecido de revestimento da parede interna do útero. O câncer de endométrio caracteriza-se por formação de lesões a partir de um crescimento de células anormais e costuma ser bastante comum em mulheres acima dos 60 anos. O tipo mais comum de tumor endometrial é o carcinoma endometrioide, e normalmente estes tumores são detectados rapidamente devido à presença de sangramentos vaginais anormais que levam a paciente a procurar um médico precocemente. Além disso, outros sintomas como dor pélvica e desconforto durante a relação sexual também podem estar presentes.
O tratamento para os tumores de endométrio normalmente é realizado por meio de cirurgias. Entre as principais condutas está a histerectomia total, ou seja, a remoção completa do útero da paciente. Em alguns casos, além do útero também são retirados os ovários, as tubas uterinas e linfonodos próximos que possam estar comprometidos.
Dr. Sergio Bertolace salienta que a conduta escolhida sempre dependerá de cada caso, considerando o tipo de tumor, o estágio da doença, a localização e as características do paciente. Além do procedimento cirúrgico, também podem ser indicadas sessões de radio ou quimioterapia a fim de auxiliar no tratamento de combate ao câncer.