Tumores (Câncer) de Esôfago
O câncer de esôfago caracteriza-se pelo crescimento anormal e desordenado de células com potencial maligno no revestimento interno deste órgão. O esôfago faz parte do aparelho digestivo e participa do processo de digestão, levando o alimento da boca até o estômago.
Este tipo de tumor é mais frequente em homens, sendo o sexto mais diagnosticado no Brasil. Existem dois tipos principais de tumor, o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por mais de 90% dos casos, e o adenocarcinoma, responsável por uma pequena parcela juntamente com outros tipos de tumores.
As causas para o desenvolvimento do câncer esofágico ainda são pouco definidas, mas acredita-se que a irritação crônica do esôfago devido a fatores como ingestão elevada de bebidas alcoólicas, doença do refluxo esofágico, bebidas quentes, tabagismo, entre outras questões contribuem diretamente para o desenvolvimento desta patologia.
O tratamento para o câncer de esôfago pode ser realizado por meio de três abordagens: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Geralmente, dependendo da extensão e da gravidade do tumor, as três terapias são utilizadas de forma combinada, visando o combate mais efetivo do tumor. Na terapia cirúrgica é possível retirar apenas parte do tumor ou mesmo parte do esôfago que pode estar comprometida.
O Dr. Sergio Bertolace salienta que a melhor conduta dependerá sempre de cada caso especificamente, considerando-se os aspectos particulares de cada paciente bem como o tipo, a localização, a extensão e o estágio do tumor.
Refluxo
A doença do refluxo gastroesofágico é um distúrbio digestivo que faz com que os ácidos estomacais voltem ao esôfago ao invés de seguir o trajeto natural da digestão. O retorno desse ácidos em contato constante com a mucosa do esôfago causa alterações e lesões neste epitélio, além de inúmeros sintomas desagradáveis ao paciente.
A principal causa do refluxo gastroesofágico é uma disfunção do esfíncter esofágico inferior, que permite que o alimento volte ao esôfago, causando irritação. Entre os sintomas mais característicos do refluxo estão a sensação de queimação, dor no peito, rouquidão, tosse seca, dor de garganta e dificuldade para engolir.
A correção deste problema pode ser realizada de forma cirúrgica, por meio de um procedimento laparoscópico, no qual o esôfago é posicionado no abdômen e o fundo do estômago é suturado na borda do esôfago. Este procedimento cria uma espécie de válvula antirrefluxo, impedindo o retorno do alimento e dos ácidos para a região esofágica.
Segundo Dr. Sergio Bertolace, a cirurgia tem duração média de uma hora e é realizada sob anestesia geral. Recomenda-se jejum de 12 horas antes do procedimento, bem como a suspensão de algumas medicações. Após a cirurgia, o paciente deve alimentar-se com dieta pastosa durante aproximadamente uma semana, bem como evitar esforços e realizar alguns exames para verificar o sucesso cirúrgico.