Hérnia Inguinal
A hérnia inguinal caracteriza-se por uma protuberância que surge na região da virilha, sendo mais comum em homens. Este tipo de hérnia normalmente está associado a um segmento intestinal que sai da cavidade abdominal devido ao enfraquecimento dos músculos abdominais.
Geralmente as hérnias não apresentam sintomas significativos além de desconforto e aumento de volume na região afetada. Nos casos em que há compressão do intestino, os sintomas são mais prevalentes e incluem vômitos, distensão abdominal, ausência de fezes e inchaço na região inguinal.
A cirurgia para correção da hérnia é a melhor forma de tratamento, sendo indicada principalmente em casos em que há presença de sintomas. O objetivo da cirurgia é reposicionar o intestino na cavidade abdominal e fortalecer os músculos abdominais para evitar que o problema ocorra novamente. Em alguns casos, são indicadas telas especiais que auxiliam a musculatura a reter o intestino na posição correta.
Dr. Sergio Bertolace afirma que se trata de um procedimento relativamente rápido, mas recomenda alguns cuidados pós-operatórios, como evitar pegar peso, dormir de barriga para cima durante as primeiras semanas e ter uma alimentação rica em fibras para que não sejam necessários esforços durante a evacuação. Todos esses cuidados são essenciais para um resultado cirúrgico satisfatório e muito mais seguro.
Hérnia Umbilical
A hérnia umbilical é uma protuberância que se desenvolve na região do umbigo. Apesar de ser muito comum em bebês, pode também surgir em outras idades. A hérnia umbilical aparece quando uma porção do revestimento abdominal ou de parte do intestino extrapola a camada muscular e se acumula na região do umbigo.
A causa da hérnia umbilical nos bebês é a união incompleta dos músculos abdominais desta região, o que enfraquece a musculatura e proporciona o desenvolvimento da hérnia. Já nos adultos, outras são as causas que se destacam como fatores de risco, tais como obesidade, múltiplas gestações, líquido na cavidade abdominal, além de cirurgias abdominais anteriores.
Geralmente a cirurgia é o tratamento mais indicado para evitar possíveis complicações, principalmente no caso de hérnias dolorosas. A cirurgia consiste em uma pequena incisão na base do umbigo visando reposicionar o tecido da hérnia para a região original. Nestes casos, também é indicada a colocação de telas, as quais auxiliam a musculatura abdominal a reter o conteúdo da hérnia dentro da cavidade.
Hérnia Incisional
A hérnia incisional caracteriza-se pelo abaulamento, acompanhado ou não de dor, que se desenvolve na região de uma cicatriz de cirurgia anterior. O extravasamento do segmento intestinal devido ao enfraquecimento muscular pode causar algumas complicações caso haja o estrangulamento desse segmento, como nos casos de isquemia, que comprometem a vascularização do intestino.
A causa deste tipo de hérnia é o enfraquecimento da musculatura abdominal em decorrência de uma cirurgia prévia. Normalmente pode estar associada a fatores que aumentam a pressão na região abdominal, como obesidade, tosse crônica e esforço físico intenso.
Para a correção da hérnia incisional, o melhor tratamento é a cirurgia, que tem como objetivo reposicionar as estruturas e fortalecer a região abdominal a fim de evitar a recidiva das hérnias. Dr. Sergio Bertolace explica que a colocação de telas especiais auxilia neste processo de fortalecimento e tem sido muito utilizada atualmente no tratamento de hérnias, proporcionando maior conforto e segurança ao paciente.
Tumores do Retroperitônio
Os tumores de retroperitônio apresentam origem mesenquimal, podendo comprometer estruturas como vasos, musculatura, tecidos conjuntivos, além de estruturas neurais. Este tipo de tumor é ligeiramente predominante em homens com faixa etária entre 40 e 60 anos, mas pode acometer ambos os sexos em diferentes idades.
Entre os tipos de tumores de retroperitônio, os sarcomas correspondem a um terço desta patologia. O desenvolvimento destes tumores é de início insidioso, ou seja, o paciente só começa a apresentar os primeiros sintomas quando a doença já se encontra em estágios mais avançados, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre as principais manifestações clínicas de sarcomas destaca-se presença de massa abdominal, perda de peso e desconforto no abdômen.
A primeira linha de tratamento para tumor retroperitoneal é a opção cirúrgica, na qual são realizadas as ressecções dos tumores, juntamente com uma ampla margem de segurança, mesmo que seja necessário remover parte de órgãos adjacentes.
Essa conduta visa eliminar toda a região possivelmente comprometida, considerando o alto potencial migratório do tumor. Além do tratamento cirúrgico também podem ser recomendadas sessões de rádio e quimioterapia, as quais podem ser prescritas antes e/ou após a cirurgia.
De acordo com Dr. Sergio Bertolace, toda conduta médica considera sempre as características individuais de cada paciente, o tipo de tumor, a localização e a extensão da lesão, além do estágio de desenvolvimento da doença. A melhor opção deve ser avaliada em conjunto com o paciente, para que seja traçado o melhor plano terapêutico.